NOVO ANO, NOVO PORVIR,
NOVO FADÁRIO…
Novo Ano…
Nova vida a chegar
De esperanças renovado
Ouso, de novo,
O mundo abraçar…
Envolto no meu requintado e cuidado pensamento,
Protegido pela sombra do meu devanear,
Tento rever o passado, o meu ido,
Sempre presente,
Para dele colher ou alcançar
Dicas e conhecimentos, para, mais facilmente,
Poder evoluir no futuro, um mundo aberto,
Ilimitado de acções, juízos, quereres,
Vontades e desejos,
Alguns quedando-se em loucas ideias ou conceitos, irreais,
Fruto de misteriosas fantasias,
SONHOS MEUS…
Novo Ano chegou, lento, afável, amansado,
Transpirando paz e amor…
Nova era me encanta, já que insólito brilho surgiu
No horizonte agrilhoado, acinzentado,
E que pretendemos ver mais afectuoso,
Aconchegador, terno e doce.
Vejo ao longe, bem perto do meu olhar,
A luz do Sol a brilhar,
A dar vida aos campos e a rasgar sorrisos
Em faces pesadas e fechadas,
Que deambulam, quase perdidas,
Em volta do meu sondar.
São como andorinhas perdidas no éter, no espaço,
Entre os arbustos que se adornam para, apressadamente,
Mostrarem suas flores, suas pétalas,
Que irão ser beijadas e adoçadas,
Pelas abelhas deslumbradas pela
Riqueza e sumptuosidade do cenário,
Onde irão devanear e laborar.
A brisa, embora mansa e fresca, mostra,
Com cuidado e desmedido desvelo,
A sua terna e afável suavidade,
Odorada pelo aroma libertado em volta,
Entre perfumadas flores,
Que, nesta fase, do ano, se pretendem associar
Aos auspícios de NOVA ERA, de NOVO ANO,
Onde não resta lugar para acomodar
As agruras do passado,
De triste memória…
Guerras e mais guerras…
Conflitos permanente…
Venda de armas, drogas,
Vantagens inusitadas,
Incivilidade e rigor desajustado e horripilante…
O sino, na torre toca…
Sinto a Aurora a nascer,
Olho em frente e vejo novo dia a despertar,
Tentando, envergonhado, perscrutar
O vazio, o que as doces nuvens nos encobrem.
De coração aberto,
De olhar fixo no ALTO, no Alem…
Abro os braços e tento receber,
Com amor e muita esperança,
Este Novo Ano , que me irá acalentar
E servir de sustentáculo ao meu progresso
Na caminhada final que terei ainda
De calcorrear, cumprir e vencer
Até à meta final,
Porto limite duma aventura
Toda ela serpenteada de altos e baixos,
Bons e maus,
Frutíferos ou infecundos momentos,
Talhados sempre pela razão,
Palácio onde vivia o meu bom senso
E a minha vontade pessoal de triunfar,
A bem duma Humanidade,
De quem sempre fui refém.
03JAN2019
Prosa
Pais da Rosa – paisdarosa@gmail.com
Pais da Rosa (PROSA) é um autor português, poeta, com uma grande variedade de poemas com temas diversificados. Uma riqueza de obra que vale a pena conhecer.